Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? – Jeremias 17.9
Recentemente, em um momento de fraqueza (confesso o meu pecado) assisti a uma cena de novela em que a personagem, na porta da igreja para se casar, recebe a notícia de que não é filha biológica de seu pai, o que a faz entrar num desespero profundo, desistir do casamento, que já seria uma farsa, por ser apaixonada pelo, agora, pseudo irmão.
Esse é um retrato fiel de como anda a nossa sociedade, se deixando levar pelas emoções, praticamente sem um pingo de razão, de juízo na cabeça.
Não vou me dar ao trabalho de dizer como a personagem deveria agir num momento desses porque não sou roteirista de novela, mas abandonar tudo por conta da notícia que recebeu, ainda por cima de uma pessoa considerada “inimiga”, é uma decisão embasada apenas nas emoções. Na verdade o problema já vem de muito antes.
Já tinha razão o profeta Jeremias, que, inspirado por Deus, escreveu sobre como é enganoso o nosso coração. Não vá pensar agora o leitor que sou contra as emoções, pelo contrário, lido muito bem com elas, quem em conhece sabe disso, mas me preocupa o desequilíbrio.
Parece que durante décadas as nossas emoções foram banidas das nossas vidas, foram deixadas de lado. Era errado, pecado e feio dar vazão e elas. O problema, como já dizia meu pai, é que “quem nunca comeu melado, quando com se lambuza”! De uma hora pra outra viver pautado pelas emoções virou moda, tanto é que surgiram os “emos”.
Não dá pra pautar a vida só em cima de emoções. O coração é enganoso. Muitas vezes, por conta das emoções, temos a nossa visão sobre as coisas perturbada e manchada. Já vi moças se casarem com bandidos por conta disso. Já vi mulheres sofrerem em seu casamento por conta da infidelidade do marido que não queriam ver, famílias viverem momentos dificílimos com filhos em drogas por conta disso. Aliás, nos três casos acima, o bandido, o adúltero e o drogado quiseram viver a vida apenas em cima de emoções.
É algo mais ou menos assim: senti raiva, dou vazão à minha raiva, falo o quero, ajo como quero me deixo guiar pela minha raiva. Que se danem as conseqüências!
Senti alegria, eu a extravaso! Abraço quem eu quero, fico com quem estiver afim, bebo todas, fumo todas, faço toda a baderna que quiser. Há ainda os personagens criados para justificar tais atos: “Tô pagano!”. Lamentável!
Outros, sentindo-se frustrados, dão vazão à sua frustração por meio da violência ou da autodestruição, e vão até as últimas conseqüências. Não dá pra viver assim!
Morando no Amazonas, tive o privilégio de algumas viagens de barco pelo rio Negro e Solimões, apesar de não gostar muito dessa aventura pela demora de tais viagens. Pela graça de Deus nunca peguei tempestades em “alto rio”, mas quem já pegou diz ser horrível. Já peguei em alto mar, no meio o Atlântico, quando morava nos Açores. Fico imaginando um barquinho sem motor, sem remos, com uma pessoa dentro, sendo levada pelas ondas e vento para onde estes bem quiserem. É isso que acontece com a vida de uma pessoa que se deixa levar apenas pelas emoções correndo o risco de ser arremessada contra as margens com violência, ou ser sugada por redemoinhos, levar uma pancada de um tronco que desce a correnteza, se afogar e morrer.
Vejo muitas pessoas assim, cheia de marcas, de traumas, de feridas no corpo e na alma por conta de deixar sua vida ser guiada apenas pelas emoções que sentem.
O livro de Provérbios, no capítulo 25, versículo 28 diz que: “como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio”.
Não tem defesas, não pode se proteger, vive à mercê dos outros. Não creio que isso seja bom para ninguém, nem que ninguém queira viver dessa forma.
Emoções são muito importantes e precisamos saber lidar com elas e extravasá-las, mas também precisamos dominá-las a fim de não sermos prejudicados tantas vezes por conta de engano do nosso coração.
Não se esqueça que todos temos uma natureza pecaminosa e que o nosso coração tende para o erro (isso não significa que passamos a vida inteira errando), mas somos inclinados a tal, apesar de alguns discordarem disso. Respeito a opinião alheia. A bíblia fala que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus – Romanos 3.23.
Portanto, confiar apenas no seu coração, nas suas emoções não é um bom caminho. O caminho é o equilíbrio entre as emoções e a razão. Onde houver desequilíbrio haverá problemas!
Abraço,
Dinê
Recentemente, em um momento de fraqueza (confesso o meu pecado) assisti a uma cena de novela em que a personagem, na porta da igreja para se casar, recebe a notícia de que não é filha biológica de seu pai, o que a faz entrar num desespero profundo, desistir do casamento, que já seria uma farsa, por ser apaixonada pelo, agora, pseudo irmão.
Esse é um retrato fiel de como anda a nossa sociedade, se deixando levar pelas emoções, praticamente sem um pingo de razão, de juízo na cabeça.
Não vou me dar ao trabalho de dizer como a personagem deveria agir num momento desses porque não sou roteirista de novela, mas abandonar tudo por conta da notícia que recebeu, ainda por cima de uma pessoa considerada “inimiga”, é uma decisão embasada apenas nas emoções. Na verdade o problema já vem de muito antes.
Já tinha razão o profeta Jeremias, que, inspirado por Deus, escreveu sobre como é enganoso o nosso coração. Não vá pensar agora o leitor que sou contra as emoções, pelo contrário, lido muito bem com elas, quem em conhece sabe disso, mas me preocupa o desequilíbrio.
Parece que durante décadas as nossas emoções foram banidas das nossas vidas, foram deixadas de lado. Era errado, pecado e feio dar vazão e elas. O problema, como já dizia meu pai, é que “quem nunca comeu melado, quando com se lambuza”! De uma hora pra outra viver pautado pelas emoções virou moda, tanto é que surgiram os “emos”.
Não dá pra pautar a vida só em cima de emoções. O coração é enganoso. Muitas vezes, por conta das emoções, temos a nossa visão sobre as coisas perturbada e manchada. Já vi moças se casarem com bandidos por conta disso. Já vi mulheres sofrerem em seu casamento por conta da infidelidade do marido que não queriam ver, famílias viverem momentos dificílimos com filhos em drogas por conta disso. Aliás, nos três casos acima, o bandido, o adúltero e o drogado quiseram viver a vida apenas em cima de emoções.
É algo mais ou menos assim: senti raiva, dou vazão à minha raiva, falo o quero, ajo como quero me deixo guiar pela minha raiva. Que se danem as conseqüências!
Senti alegria, eu a extravaso! Abraço quem eu quero, fico com quem estiver afim, bebo todas, fumo todas, faço toda a baderna que quiser. Há ainda os personagens criados para justificar tais atos: “Tô pagano!”. Lamentável!
Outros, sentindo-se frustrados, dão vazão à sua frustração por meio da violência ou da autodestruição, e vão até as últimas conseqüências. Não dá pra viver assim!
Morando no Amazonas, tive o privilégio de algumas viagens de barco pelo rio Negro e Solimões, apesar de não gostar muito dessa aventura pela demora de tais viagens. Pela graça de Deus nunca peguei tempestades em “alto rio”, mas quem já pegou diz ser horrível. Já peguei em alto mar, no meio o Atlântico, quando morava nos Açores. Fico imaginando um barquinho sem motor, sem remos, com uma pessoa dentro, sendo levada pelas ondas e vento para onde estes bem quiserem. É isso que acontece com a vida de uma pessoa que se deixa levar apenas pelas emoções correndo o risco de ser arremessada contra as margens com violência, ou ser sugada por redemoinhos, levar uma pancada de um tronco que desce a correnteza, se afogar e morrer.
Vejo muitas pessoas assim, cheia de marcas, de traumas, de feridas no corpo e na alma por conta de deixar sua vida ser guiada apenas pelas emoções que sentem.
O livro de Provérbios, no capítulo 25, versículo 28 diz que: “como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio”.
Não tem defesas, não pode se proteger, vive à mercê dos outros. Não creio que isso seja bom para ninguém, nem que ninguém queira viver dessa forma.
Emoções são muito importantes e precisamos saber lidar com elas e extravasá-las, mas também precisamos dominá-las a fim de não sermos prejudicados tantas vezes por conta de engano do nosso coração.
Não se esqueça que todos temos uma natureza pecaminosa e que o nosso coração tende para o erro (isso não significa que passamos a vida inteira errando), mas somos inclinados a tal, apesar de alguns discordarem disso. Respeito a opinião alheia. A bíblia fala que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus – Romanos 3.23.
Portanto, confiar apenas no seu coração, nas suas emoções não é um bom caminho. O caminho é o equilíbrio entre as emoções e a razão. Onde houver desequilíbrio haverá problemas!
Abraço,
Dinê