quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A soberba

Recentemente participei de um evento de formatura de uma escola em Manaus para o qual fui convidado por um dos formandos a dar uma palavra à turma que colava grau.
Antes do evento começar, conversava com um padre que estava lá para a mesma finalidade que eu. Conversávamos sobre a humanidade e sua terrível escolha em se distanciar de Deus e de Seus preceitos. O padre olhou para mim e disse que tudo era culpa da soberba humana.
Desde lá venho pensando sobre isso, a soberba humana.
Somos o suprasumo da cadeia alimentar, o único animal racional que existe, capazes de pensar, executar o pensamento, de nos emocionarmos, enfim, somos seres complexos e desenvolvemos uma sociedade igualmente complexa.
Nos últimos 100 anos temos avançado de maneira incrivel na área de tecnologia, conhecimento, medicina e tantas outras. Temos tudo para acharmos que somos os nossos próprios deuses.A sociedade tem se convertido à religião de si mesma – o egocentrismo! De fato, é o que tem acontecido.

Juntando todo esse aparato de conhecimento, desenvolvimento e tecnologia com um distanciamento progressivo de Deus durante todo esse processo, o homem se encheu de si mesmo e se acha “the king of black cocade” (entenda-se “o rei da cocada preta” – expressão jocosa usada por um primo distante meu!).
Não se engane achando que esse é um problema só de quem não teme a Deus. Lidamos muitas vezes com essa doença nas igreja, porque, infelizmente, a igreja de Jesus, está mundanizada. Aliás se há uma forma de acabar com a igreja de Jesus é com soberba.
Mas há uma forma de soberba que passa desapercebida por nós. Não sei como denominá-la, mas é um mal do nosso século. Esta geração está acostumada a ser tudo e a fazer tudo. Temos tudo à mão e com facilidade extrema. Isso nos dá uma sensação de poder e auto-sucifiência muito grande, a ponto de tal sensação só ser pertubada quando de grandes catástrofes, quando nos perguntamos onde Deus estava que permitiu tudo isso. Acontece que nos esquecemos que somos a origem por trás das causas de tais catastrofes, tudo isso por causa da soberba.
Talvez a melhor definição para essa soberba seja a soberba do dia-a-dia. Sim, somos soberbos todos os dias e não nos damos conta disso. É esse mal que tem atingido fortemente a igreja de Jesus. Por nos acharmos auto-suficientes, cremos que não precisamos mais de Deus para as coisas do dia-a-dia. Não colocamos a nossa agenda, planos futuros e decisões diante de Deus submetendo-os à sua aprovação.
Um(a) jovem não precisa mais da orientação de Deus sobre que carreira seguir já que Deus não tem nada a haver com a forma como vou investir meu tempo e recursos para me sustentar e formar um núcleo familiar. Por falar em família, ninguém mais usa os princípios de Deus para buscar constituir família. Ninguém se submete à economia de Deus mas sim ao Deus do cartão de crédito na pseudo sensação de que pode comprar tudo.
O mais interessante de tudo isso é que há milhares de anos agimos soberbamente e não conseguimos perceber, como humanidade, que estamos errados. Em vez do mundo melhorar, só piora. O pior é que vemos isso tudo e ainda achamos que nós mesmo podemos consertar os nossos erros. O que fazemos? Passeatas pela paz (nunca vi passeata pela paz diminuir índice de violência), encontros internacionais (não conheço um que tenha dado certo), abaixo assinados (que são engavetados) e uma série de outras coisas que não dão em lugar nenhum.

A Bíblia diz que Deus resiste aos soberbos (Tg 4.6). Além disso, Deus também não é do tipo de Deus intervencionista. Ele nos dá o livre arbítrio para fazermos as nossas escolhas e arcarmos com as consequências. O problema é que já está mais do que provado que não sabemos fazer escolhas por nós próprios.
Precisamos reconhecer que precisamos de alguém que seja completamente puro, sem erros e que tenha uma visão do todo para nos guiar pela vida. Com essas características só conheço um: Deus.
Já tentamos na filosofia, não deu certo. Matamos Deus!
Tentamos na política. Sem comentários!
Substituímos Deus por outros “deuses”. Não funciona! É só ir à India para perceber isso.
Não tem jeito! Só reconhecendo que somos pó e ao pó voltaremos e assim reconhecendo Deus como o supremo guia para as nossas vida e autor e doador de tudo o que conseguimos até agora é que vamos conseguir algum tipo de paz: a que excede todo o entendimento.

Deixe Deus ser Deus e você verá!
Seja humilde porque Deus não rejeita um coração humilde e quebrantado – Sl 51.17

Abraços,

Dinê

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