Certa vez fui a um culto dirigido e voltado para jovens em uma certa igreja. Já era pastor. Durante o culto as músicas eram contextualizadas, apesar de algumas letras serem muito fracas. Mas o que mais me chamou a atenção foi que no final, apagaram as luzes, ligaram uma iluminação de discoteca e me senti num show de música onde a música e a virtuose dos que a tocam são a atração.
Não se já estou ficando “careta” mas me perguntei se alguém que não tem Jesus como Senhor e Salvador da sua vida entrasse ali veria alguma diferença de um show de música secular, se algo poderia chamar a atenção dele (ou dela) para o fato de Jesus estar presente ali.
Esse pensamento deu início a vários outros e, nesse dia, fui para casa conversando com minha esposa sobre quem influência quem: a igreja o mundo ou o mundo a igreja. A sensação que tive naquele culto é que o mundo ditava as regras do que deveria ser um culto jovem.
Cada dia que passa, parece que queremos imitar mais os ambientes mundanos dando uma roupagem “gospel” na coisa. É “boate gospel”, “ficação gospel”, daqui a pouco teremos o “sexo gospel” (se é que já não existe)! De “God Spell” não há nada! Tá mais pra "Manspell" do que outra coisa.
Porque precisamos mundanizar o culto jovem só porque ele é jovem? Me parece uma forma de poder fazer as coisas que o mundo faz só que com uma roupagem jovem. Me desculpem se não sei escrever bonito mas é essa a idéia. O mundo está nos influenciando.
E não é só nisso, é também na “forma” de culto. Cada vez mais os cultos têm sido mais sensoriais do que outra coisa. Se você não se sentiu bem no culto ele não foi bom. Se você não saiu feliz não foi bom. Num show de música isso é válido porque o ser humano usa a música como um artifício de levantamento de astral, apesar de que às vezes disfarça dizendo que levanta quando ele ainda está lá em baixo. Entretanto, no culto não deve ser assim. O culto não antropocêntrico (ou seja, tem o homem e suas necessidades no centro); é Cristocrêntrico ou Teocêntrico (ou seja, Cristo , Deus está no centro da adoração). Por isso as músicas não precisam fazer você se sentir bem, a mensagem não deve ser só sobre assuntos que levante o seu astral, porque muitas vezes Deus quer que o nosso "eu" saia derrotado do culto para a imagem de Jesus se forme em nós. Sei que é difícil ir para o culto e adorar a Deus com o coração triste, aborrecido, cheio de rancor, raiva e outros tipos de sentimento, mas eles não determinam como deve ser a nossa adoração. A Bíblia já diz que o coração do homem é enganoso. Por isso, os sentimento não devem ser a bússola de nossa vida.
Não tenho nada contra a música contemporânea, quem me conhece sabe disso, até porque me considero um bom e velho roqueiro, mas creio que há tempo para tudo, aliás, Eclesiastes 3 é quem diz isso. Há tempo e local para todas as coisas. Na hora do culto não tocamos ou cantamos coisas para nos sentir bem, porque estaremos adorando a nós mesmos, e culto é adoração a Deus. Aprendi isso no início da minha juventude.
Na minha igreja, nessa época, tínhamos uma música muito boa assim com excelentes instrumentistas, e acabamos com o mito de que jovem só toca cânticos. O pensamento era: tocamos de tudo! Não tocamos apenas nossos gostos, mas o gosto do outro porque estamos ali para facilitar uma adoração por meio da música. Não tocávamos para nos alegrar ou para nos sentirmos bem, mas muitas vezes não gostávamos de uma música, mas a tocávamos e percebíamos no rosto de muitos irmãos como ela os edificava. Aquilo tocava nossos corações e passamos a entender que estávamos adorando a Deus daquela forma, sem mesmo nos sentirmos felizes. Aliás, felicidade é um estado da alma…
Se estamos sendo influenciados pelas normas do mundo, então alguma coisa está errada. A Bíblia diz que uma de nossas funções como cristãos é ser sal e luz, o que significa que nós somos quem deve influenciar o mundo. Precisamos pensar nossas atitudes em vez de apenas copiar o que outros estão fazendo e achar que fazer o contrário do que os antigos fazem (muitas vezes para chocá-los) é ser jovem.
Abraços,
Dinê
Esse pensamento deu início a vários outros e, nesse dia, fui para casa conversando com minha esposa sobre quem influência quem: a igreja o mundo ou o mundo a igreja. A sensação que tive naquele culto é que o mundo ditava as regras do que deveria ser um culto jovem.
Cada dia que passa, parece que queremos imitar mais os ambientes mundanos dando uma roupagem “gospel” na coisa. É “boate gospel”, “ficação gospel”, daqui a pouco teremos o “sexo gospel” (se é que já não existe)! De “God Spell” não há nada! Tá mais pra "Manspell" do que outra coisa.
Porque precisamos mundanizar o culto jovem só porque ele é jovem? Me parece uma forma de poder fazer as coisas que o mundo faz só que com uma roupagem jovem. Me desculpem se não sei escrever bonito mas é essa a idéia. O mundo está nos influenciando.
E não é só nisso, é também na “forma” de culto. Cada vez mais os cultos têm sido mais sensoriais do que outra coisa. Se você não se sentiu bem no culto ele não foi bom. Se você não saiu feliz não foi bom. Num show de música isso é válido porque o ser humano usa a música como um artifício de levantamento de astral, apesar de que às vezes disfarça dizendo que levanta quando ele ainda está lá em baixo. Entretanto, no culto não deve ser assim. O culto não antropocêntrico (ou seja, tem o homem e suas necessidades no centro); é Cristocrêntrico ou Teocêntrico (ou seja, Cristo , Deus está no centro da adoração). Por isso as músicas não precisam fazer você se sentir bem, a mensagem não deve ser só sobre assuntos que levante o seu astral, porque muitas vezes Deus quer que o nosso "eu" saia derrotado do culto para a imagem de Jesus se forme em nós. Sei que é difícil ir para o culto e adorar a Deus com o coração triste, aborrecido, cheio de rancor, raiva e outros tipos de sentimento, mas eles não determinam como deve ser a nossa adoração. A Bíblia já diz que o coração do homem é enganoso. Por isso, os sentimento não devem ser a bússola de nossa vida.
Não tenho nada contra a música contemporânea, quem me conhece sabe disso, até porque me considero um bom e velho roqueiro, mas creio que há tempo para tudo, aliás, Eclesiastes 3 é quem diz isso. Há tempo e local para todas as coisas. Na hora do culto não tocamos ou cantamos coisas para nos sentir bem, porque estaremos adorando a nós mesmos, e culto é adoração a Deus. Aprendi isso no início da minha juventude.
Na minha igreja, nessa época, tínhamos uma música muito boa assim com excelentes instrumentistas, e acabamos com o mito de que jovem só toca cânticos. O pensamento era: tocamos de tudo! Não tocamos apenas nossos gostos, mas o gosto do outro porque estamos ali para facilitar uma adoração por meio da música. Não tocávamos para nos alegrar ou para nos sentirmos bem, mas muitas vezes não gostávamos de uma música, mas a tocávamos e percebíamos no rosto de muitos irmãos como ela os edificava. Aquilo tocava nossos corações e passamos a entender que estávamos adorando a Deus daquela forma, sem mesmo nos sentirmos felizes. Aliás, felicidade é um estado da alma…
Se estamos sendo influenciados pelas normas do mundo, então alguma coisa está errada. A Bíblia diz que uma de nossas funções como cristãos é ser sal e luz, o que significa que nós somos quem deve influenciar o mundo. Precisamos pensar nossas atitudes em vez de apenas copiar o que outros estão fazendo e achar que fazer o contrário do que os antigos fazem (muitas vezes para chocá-los) é ser jovem.
Abraços,
Dinê
Parabéns, texto edificante que concordo plenamente!
ResponderExcluirAmamos vcs!
Aqui em João Pessoa nós custamos a encontrar uma igreja séria, onde o culto seja de fato a Deus. Infelizmente a moda hoje é agradar as pessoas, aos frequentadores, aos "clientes", e não a Deus. É preciso atrair as massas, e para isso, vale tudo, até negociar com as convicções e com a Palavra de Deus. A música é apenas um aspecto desse todo deplorável.! Que Deus continue abençoando a sua vida e dando discernimento e temor do Senhor
ResponderExcluirÉ isso ai meu camarada... Que Deus abençoe seu ministério!
ResponderExcluirSaudades de todos!
Abs Bruninho...
Caro Dinê: É isso aí. Temos impedido o mundo de invadir a igreja ao mesmo tempo que impedimos a igreja de invadir o mundo. Que o Senhor nos dê mais discernimento. Santidade é diferença. Diferença sadia e que atrai. Obrigado pela reflexão.
ResponderExcluirJoed Venturini
Saudoso amigo Diné,
ResponderExcluirConcordo plenamente com você a quero dizer que foi edificante ler seu texto, pois pude reafirmar aquilo que penso a respeito do que estão fazendo com a liturgia.
Infelizmente, o sexo gospel já existe, pois li recentemente a reportagem de um sex shop gospel onde todos os instrumentos à venda na loja são "orados" antes de serem postos ao consumo. É triste ver a coisa descambando desse jeito.
Que Deus continue sempre encontrando aqueles que zelam por sua Palavra e pelo verdadeiro testemunho cristão neste mundo perdido.
Saudades,
Marcia de Paula (JMM)
texto oportuno, numa epoca em q ficar de 4 num palco supostamente em nome de Jesus é o ápice da santidade.
ResponderExcluirNat