terça-feira, 1 de março de 2011

O que significa seguir a Jesus

Olá queridos leitores.

Finalmente volto a postar. Desculpem a demora! As muitas atividades não favorecem uma frequência maior de postagens.

Posto o esboço da mensagem que o Senhor me deu para pregar no último domingo dia 27 de fevereiro, pela manhã, na minha igreja, PIB de Manaus, quando celebramos a ceia do Senhor.

Vou tentar abastecer o blog com esses esboços. Alguns mais densos, outros mais condensados.

Abraços,

Dinê

O que significa seguir Jesus.

Mt 16.21-24

Este texto ilustra e nos ensina, de maneira resumida, o que alguém que deseja seguir Jesus, precisa fazer para ter sucesso. Não apenas isso, mas o que significa seguir Jesus. Como Ele deseja ser seguido!

Hoje em dia, seguir alguém é apenas saber o que esse alguém está dizendo. Há um site de relacionamento virtual que qualifica os participantes dessa forma, de seguidores de fulano ou beltrano. Jesus vai nos ensinar que não basta apenas saber o que uma pessoa pensa, principalmente Ele. É necessário algo mais para que possamos segui-lo.

  1. Auto-negação

Pedro ainda não havia entendido o que era auto-negação. Ele continuava pensando em Jesus do seu jeito, da sua forma. Ele o via conforme o seu ponto de vista. Ele não havia ainda negado os seus sonhos, a sua forma de pensar, o que gostaria que acontecesse.

A sua vontade ainda estava no centro da sua vida. Ele vivia a sua vida como ele achava que deveria viver. Ele mesmo tomava as suas decisões e atitudes em cima do que achava certo ou errado. É por isso que Jesus o repreende, porque ele pensava e via os fatos com olhos humanos e não sob a perspectiva de Deus, do Seu querer. Jesus foi duro: chamou-o de Satanás!

Adversários! É isso que somos de Deus quando o nosso “eu” está no trono e não a vontade do Senhor.

Paulo entendeu bem o que era a auto-negação. Ele afirmou em Gl 2.20: estou crucificado com Cristo. A vontade de Jesus não era a cruz, essa era a vontade do Pai. Jesus negou-se a si mesmo, tomando a forma de homem, morrendo na cruz, para fazer a vontade do Pai (Fp 2.7-8). Foi obediente até a cruz e Deus o exaltou soberanamente.

Paulo fez o mesmo. Entendeu que não dava pra viver a vida sob seu ponto de vista, sob o seu achismo, sob seus sonhos e vontades. Rendeu-se incondicionalmente à vontade de Deus. Sabendo que isso seria difícil, por conta da luta entre a carne e o espírito (que ele mesmo narra em Rm 7) mantinha a sua fé em Jesus, trazendo sempre à sua mente o que Jesus havia feito para salva-lo libertando-o das garras do diabo e do pecado conforme podemos ver na última parte desse texto de Gálatas.

A fé em Jesus Cristo não é apenas uma convicção intelectual, mas um compromisso pessoal”. (John Stott)

Aplicação Pessoal

Confiar as decisões da nossa vida, sejam quais forem, à vontade de Deus.

Pautarmos a nossa vida nos princípios de Deus e não nos nossos achismos.

Desejarmos sonhar os sonhos de Deus e deixarmos os nossos de lado.

  1. Erguer a cruz

A palavra que traduziram como “tomar”, “carregar”, na verdade significa “erguer”. A idéia é que você erga a cruz de Cristo na sua vida. O texto paralelo de Lucas enfatiza isso com o acréscimo de “dia-a-dia”.

Como você vê a cruz? Eu tenho pra mim que quando pensamos nessa frase, nos vem à lembrança a imagem de Jesus carregando a cruz pela via dolorosa, sendo chicoteado, cuspido, humilhado e tantas coisas mais. Você não está olhando a cruz por completo, em toda a sua plenitude. É por isso que muito crente não deseja carregar a cruz, porque a vê como um peso, como uma humilhação, como algo ruim. Esse momento da cruz pertence somente a Jesus Cristo, e não a nós. Só ele pôde viver esse momento, por só ele ser o salvador.

Quando Jesus manda que levantemos a cruz, ele está dizendo para levantarmos o instrumento da nossa libertação, da nossa salvação, da felicidade em nossa vida.

No campo de batalha, antigamente, cada exército tinha bandeiras que o identificavam. Jesus está dizendo para você levantar a sua bandeira, o que identifica para você, a cruz.

Foi na cruz que Cristo pagou os meus e os seus pecados; foi lá que o Seu sangue nos purificou; foi lá que Ele venceu para sempre o nosso adversário; foi lá que Ele comprou para nós o ingresso para o céu (não do diabo, mas do Pai); foi lá que Ele restaurou a paz entre Deus e nós; foi lá que Ele resgatou a nossa dignidade; foi lá que ele estabeleceu o propósito da nossa existência.

João entendeu muito bem isso e deixou isso claro em 1Jo 5.3-6. A orientação de Deus para as nossas vidas, seus mandamentos, não é penosa, porque todo o que nasceu de Deus, ou seja, aceitou Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas entende que eles são o mapa do tesouro, são a fonte de toda a bênção, são o que há de melhor para a nossa existência.

Se os mandamentos de Deus são penosos para você é porque você os cumpre como um ritual. Você entende que tem que vir à igreja, se não, algo de ruim vai acontecer com você. Você tem que dar o dízimo, se não, vai perder o seu emprego. Você tem que ler a Bíblia, se não, Deus vai mandar um demônio pra te matar. Isso é peso, isso é ritualismo.

Agora, quando você levanta a cruz de Cristo na sua vida, você está levantando a sua liberdade em Jesus, a sua felicidade, a razão da sua existência, a sua morte para a vida de pecado, erguendo a obra do Espírito Santo na sua vida.

Em 2Co 3.16-18 lemos que, onde há o Espírito de Deus, há liberdade. Não para fazermos o que queremos, mas liberdade para o Espírito agir em nós, nos transformando, todos os dias, em Jesus.

  1. Seguir a Cristo

Em Lucas 22.31-32 Jesus diz para Pedro que Santanás havia pedido para “peneirá-lo”, mas que Jesus havia intercedido por ele e que, quando Pedro se convertesse, fortalesse-se os seus irmãos.

Pedro ainda não havia entendido os planos de Jesus para a salvação da humanidade.

Pedro ainda vive com o seu “eu” no trono.

Depois que Pedro se converteu, ele passou a ter Jesus como o centro da sua vida e pôde então, de fato, segui-lo.

Paulo foi outro personagem que entendeu bem como seguir a Cristo e o que isso representa na vida do cristão.

Em 2Co 5.17 ele afirma que, se alguém já se auto-negou, já levantou a cruz de Cristo (por é isso que significa estar em Cristo), é um novo ser humano. Tudo mudou! As coisas de antes já não existem mais.

Que coisas de antes poderiam ser essas? A vida de pecado; a infidelidade conjugal; a mentira; a hipocrisia de passar uma imagem em certos lugares que não corresponde à verdade; o ficar desejando a mulher/marido do outro(a); a fofoca – o hábito de falar mal dos outros sempre aumentando a história; o desejo de botar lenha na fogueira do problema dos outros; os desfalques financeiros na empresa; a soberba de se achar melhor do que os outros; a sede por poder; a sede por querer ser reconhecido e obter status.

Isso tudo já passou!

Eis que tudo se fez novo! Uma nova consciência guiada pelo Espírito Santo; uma nova forma de olhar o mundo pelos olhos espirituais de Deus; novos princípios fincados na Bíblia; novos conceitos formulados pelo Espírito Santo em seu coração; desejo de crescer espiritualmente; vontade de buscar a Deus, de conhecê-lo, de querer realizar a sua vontade por entender plenamente que ela é sempre o melhor; capacitação para detectar as tentações e vencê-las confiado única e exclusivamente em Jesus.

Ser totalmente transformado na imagem de Cristo e ter esse objetivo como meta principal da sua vida é o que de fato importa para o seguidor de Jesus.

Não confiar em Jesus Cristo por causa da confiança em si mesmo é um insulto à graça de Deus e à cruz de Cristo, pois é dizer que são desnecessárias”. (John Stott)

Negue-se a si mesmo, levante a sua cruz e siga a Jesus!

Amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário